IGP-M fecha com alta de 20,9% em12 meses e aluguéis disparam
Foi divulgado no dia 03/11, pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, o índice acumulado do IGP-M – Índice Geral de Preços – Mercado nos últimos 12 meses. Com variação de 3,23% no mês de outubro, o índice acumula alta de 18,10% no ano e de 20,93% em 12 meses.
Para o cálculo do IGP-M, é considerada a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Portanto, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).
Como é sabido, o IGP-M é o principal índice utilizado como base para reajuste do valor dos aluguéis em contratos de locação imobiliária. Com a alta, o setor, que ainda tenta se recuperar dos efeitos da pandemia, será bastante impactado.
Muitos contratos que sofreram reajustes durante a pandemia, para diminuição dos aluguéis, diga-se, agora poderão ser reajustados em mais de 20%. Contudo, o que poderia significar alívio para os locadores, pode ser a bancarrota dos locatários. Com a economia ensaiando a retomada, muitos contratos não conseguirão se manter vivos com a aplicação deste índice, isso porque a renda da população não seguiu esta mesma tendência neste mesmo tempo.
Com este cenário, o aumento de demandas judiciais é presumível, assim como o foi quando do início da quarentena. Contudo, vale lembrar, o simples fato do aumento do IGP-M não é suficiente para permitir a revisão contratual.
O IGP-M também é utilizado como base de indexação para serviços de telefonia, energia elétrica, educação e planos de saúde.
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